6ª edição do beco
Custou, mas já está. Nova edição do beco, com algum palavreado novo (dois textos e meia dúzia de poemas novos) e, principalmente, uma avalanche de belíssimas fotos na remodelada secção de imagens.
Custou, mas já está. Nova edição do beco, com algum palavreado novo (dois textos e meia dúzia de poemas novos) e, principalmente, uma avalanche de belíssimas fotos na remodelada secção de imagens.
Visualiza uma jaula, espaçosa. No centro há uma escada de acesso a vários apetitosos cachos de bananas. São colocados dentro da jaula, digamos, cinco macacos. Quase de imediato, como era de esperar, um deles sobe a escada e captura parte do banquete.
Agora imagina que os cientistas por detrás desta experiência levam a cabo uma injusta e cruel punição pela ousadia do dito macaco: os quatro restantes primatas são bombardeados impiedosamente com jactos de água gelada, ficando impune o nosso herói. Percebendo que o preço a pagar pelas bananas é alto demais, os macacos desistem de tentar a sorte.
Pouco tempo depois, substituição: um novo macaco, absoluto desconhecedor de todas as peripécias anteriores, é colocado na jaula, e sai um dos primeiros. O incauto precipita-se logo para a escada, mas não chega a subir... É impedido pelos outros quatro que, à cautela, lhe dão uma sovazinha exemplar. Mais vale prevenir.
Mais tarde, é retirado da jaula um dos quatro macacos iniciais, entrando também para o seu lugar um novo forasteiro. A cena ranterior repete-se; à inocente tentativa de subir a escada, segue-se uma valente sova, na qual, claro, participa activamente a anterior vítima.
As substituições sucedem-se até que na jaula restam apenas macacos que nunca sequer viram os temidos jactos de água gelada que originaram esta curiosa ordem social. Isto é, a partir daqui, cada novo macaquinho que entre na jaula é agredido sem saber porquê... Os quatro anfitriões agridem o recém-chegado sem saberem porque o fazem...
E ninguém come as bananas, ninguém sabe porquê...
(Um amigo contou-me esta história. Não sei se aconteceu na realidade, mas que é verosímil, lá isso é. E nem é preciso usar macacos.)
Tenho o estranho prazer de não conhecer esta Sherazade que tão facilmente encanta quem a lê. Que dure mil vezes mil e uma noites este blog:
http://quantospoemas.blogspot.com/
Obrigado pela visita!
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