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quinta-feira, 31 de julho de 2008

Parem tudo!

Público: Cavaco Silva interrompe as férias para falar hoje à noite ao país pela televisão

CavaquinhoCaramba pá, eu já tinha coisas marcadas pra logo...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

The Great Firewall of China

Mas não há problema. O circo vai continuar, como sempre, e o negócio está garantido.


Pequim 2008: China vai censurar Internet utilizada pelos media estrangeiros

A China vai censurar a Internet utilizada pelos media estrangeiros durante os Jogos Olímpicos de Pequim, indicou hoje um responsável do comité de organização, recuando numa promessa de garantir liberdade total aos media durante o evento.

"Durante os Jogos Olímpicos, vamos fornecer um acesso à Internet suficiente para os jornalistas", indicou Sun Weide, porta-voz do comité de organização dos Jogos Olímpicos. [...]

Os jornalistas que trabalham no principal centro reservado à imprensa durante os Jogos Olímpicos queixaram-se de não poder aceder aos sites da organização Amnistia Internacional, da BBC, da rádio alemã Deutsche Welle, bem como dos jornais de Hong-Kong "Apple Daily", e de Taiwan, "Liberty Times".

"A nossa promessa era que os jornalistas pudessem dispor de Internet para o seu trabalho durante os Jogos Olímpicos. E nós concedemos acesso suficiente para isso", acrescentou Sun.

No entanto, o comité de organização dos Jogos Olímpicos, sob pressão do Comité Olímpico Internacional (COI), prometeu um acesso completo à Internet para os milhares de jornalistas na China durante o evento, entre 8 e 24 de Agosto. [...]

(Público)

terça-feira, 29 de julho de 2008

Modigliani

Serviu o filme homónimo para me dar a conhecer Amedeo Modigliani (1884-1920), um artista de origem italiana cuja obra deixou marca na criativa e conturbada época da Primeira Guerra Mundial.

Das pinturas de Modigliani se diz que são sensuais, não tanto pelo nu em si, mas pelo peculiar alongamento dos tr
aços, como que exprimindo um desnudamento da alma humana. Segundo o próprio, expressavam "a muda aceitação da vida".

Os retratos, talvez em reacção ao advento das tecnologias da imagem, estão muito longe do realismo fotográfico, mas possuem uma abstracção que nos prende, subtilmente, com a sua quase-ingenuidade.

(Clique nas imagens para aumentar)

Atracção pelo ridículo

Massagens proibidas nas praias algarvias

O comando marítimo do Sul decidiu proibir as massagens nas praias algarvias. A justificação para esta proibição está relacionada com o receio de eventuais fins mais quentes de massagens que até podem começar inocentes.

(TSF)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Algumas reflexões sobre o divórcio

(Texto de Carlos Esperança no Diário Ateísta)

Faltando-me experiência para dar testemunho sobre o divórcio, corro o risco de parecer um padre a falar do matrimónio. Herdei o espírito monogâmico e o hábito de manter os laços conjugais mas sei da vida o suficiente para ter a convicção de que não é o divórcio que interrompe o casamento, é o fim deste que dá origem ao divórcio.

Há almas pias que vêem na consequência a causa e na tentativa de evitar males maiores uma conspiração contra a instituição que os tempos se encarregaram de tornar precária.

Claro que hoje já não é hábito assediar uma divorciada, apontá-la à execração pública e atribuir-lhe a culpa que é apanágio da mulher, uma espécie de complemento do pecado original. Mudaram-se os tempos e as leis, e o divórcio deixou de ser o ferrete vexatório que perseguia a mulher, enquanto o homem, como sempre, gozava de compreensão.


Lembro-me das primeiras divorciadas que conheci e da forma como eram recriminadas pela inépcia na sedução dos maridos, resquícios de tribalismo machista que a sociedade rural e beata se encarregava de perpetuar.

Quando, a seguir ao 5 de Outubro de 1910, a República instituiu o matrimónio, eram vulgares as manifestações de rua com catequistas, celibatárias e padres a condenarem a lei que resolveu situações intoleráveis.

Quando, depois do 25 de Abril, sendo ministro da Justiça Salgado Zenha, se permitiu o divórcio a quem tinha um casamento católico, que a Concordata tinha definido como perpétuo, houve apenas manifestações de júbilo e a faculdade de resolver casos de mancebia, incluindo o do Dr. Sá Carneiro, governante que não via necessidade de uma Concordata.

Agora, 34 anos depois do 25 de Abril, as alterações legislativas para facilitar o divórcio, a fim de o tornar menos traumático, uniram contra si as associações pró-família, vários sectores conservadores, meios religiosos, alguns magistrados e o próprio PR que a idade vai tornando cada vez mais devoto.

Grupos de pressão donde nunca partiu um aviso sobre violência doméstica, pessoas pias que jamais denunciaram maus-tratos conjugais e associações que nunca emitiram uma opinião sobre mulheres assassinadas pelos maridos (são elas as vítimas mais frequentes) vêm agora, tal como aconteceu em Espanha, fazer um enorme ruído sobre uma lei que, na minha opinião, traduz um avanço civilizacional.

É preciso lembrar que o divórcio é a consequência de um casamento falhado e jamais a causa do seu termo. Arrastar pelos tribunais a devassa da vida íntima e a crispação de uma ruptura é acrescentar um sofrimento suplementar para o casal e para os filhos, se os houver. Um tormento inútil por causa de um preconceito.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Hoje apetecia-me...

... cantar a Ravachola.

Dansons la Ravachole,

Vive le son, vive le son,
Dansons la Ravachole,

Vive le son
D’l’explosion!
Ah, ça ira, ça ira, ça ira,

Tous les bourgeois goût’ront d’la bombe,

Ah, ça ira, ça ira, ça ira,

Tous les bourgeois on les saut’ra...

On les saut’ra!


Link: François Claudius Koeningstein, "Ravachol" (Wikipedia)

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Pretty vacant

Ao que parece, a imprensa pegou nisto pelo lado fácil da polémica xenófoba. Mas o que mexeu comigo não foi o facto de as crianças em causa serem ciganas. Lá pelo meio dos comentários incríveis que muitos leitores do Público fizeram, li um que, enfim, pôs as coisas no seu lugar:

Eu só falo por mim, não conseguiria continuar a comer calmamente e a apanhar sol com dois cadáveres perto de mim. Acho esta atitude muito degradante, independentemente de serem crianças ciganas ou não. (Rita, Lisboa)

~ * ~

Itália: banhistas indiferentes aos corpos de duas crianças ciganas no areal

[...] As raparigas ciganas não saberiam nadar e ter-se-ão afogado quando foram apanhadas numa onda. Os nadadores-salvadores só conseguiram salvar as amigas de Violetta e Cristina.

Os seus corpos foram levados até à praia e cobertos com toalhas, o que atraiu a curiosidade dos banhistas. Mas por pouco tempo, porque depois dispersaram lentamente.

Uma hora depois
chegou a polícia que levou os corpos. Durante este tempo, poucos foram aqueles que deixaram de apanhar Sol ou de almoçar, a escassos metros dos corpos das crianças.

“Poucos saíram da praia ou deixaram de apanhar Sol. Quando a polícia chegou uma hora depois, as raparigas foram levadas por entre os banhistas deitados na areia”, conta o “Corriere della Sera”, citado pelo “The Guardian”.
[...]

(Público)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Parabéns, ainda

Parabéns, Madiba

Talvez seja mau hábito, mas há muito que me acostumei a olhar Nelson Mandela com um aperto na alma, um misto de ternura e medo. Acho que, mesmo inconscientemente, já me assusta aceitar que um dia este homem único nos deixará. Sim, desenganem-se, não há mais como ele. Gandhi houve só um, durou pouco, não deixou linhagem. Mandela há só um, também. Um homem, um mortal, mas tão grande que já não cabe no seu país. No seu país, um que, apesar de tudo, creio que é hoje um lugar melhor para se viver.

Nelson Mandela é só, assim de repente, o único político honesto que eu conheço, neste tempo em que reinam os mentirosos e os assassinos. Um exemplo de tenacidade e de luta, mas sobretudo de integridade e decência. Como o mundo precisava de mais pessoas como ele!

O Madiba faz hoje anos. Longa vida ao Madiba!



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