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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Cid Teles, o que queria ser tudo

Aqui Jaz o Cid Teles
Sob esta pedra gelada,
O que queria ser tudo
E afinal nunca foi nada.


Rais me partam se esta porcaria de blog já parece um obituário, mas dói-me ver partirem, um a um, os grandes da minha galeria de indispensáveis. Os que guardam, secretamente, a restrita biblioteca dos valores que me vão construindo. Largos e irrecuperáveis pedaços de Humanidade.

Faleceu há dois dias um homem que faz muita falta à sua terra.


Tenho uma ânsia enorme de viver
Um desejo sangrento de lutar!
Quero dos outros tudo merecer
E mais do que ninguém ter para dar.

Avaro, quási a medo, ando a colhêr
Fôlhas de louro para me adornar;
Quantos agora passam sem me ver
Curvar-se-ão depois quando eu passar!...

Hei-de ter cetros, c'roas, pedrarias;
Castelos senhoriais, tôrres esguias,
A perder-se no Céu em rósea bruma...

Quero tudo na vida! Mas na morte,
Só desejo a altivez serena e forte
Duma onda desfeita em branca espuma!

Aspiração, por Manuel Cid Teles (Sombras, 1934)


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Há ainda quem cuide bem deles



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