Palavras sábias
Para que veja o que consigo fazer sem ela."
Achei esta frase aqui.
Não a procures em nenhum livro, ela só existe aquém do teu olhar profundo e vazio. A revolução só abençoa os persistentes. Ouve, ouve o riso cruel que ela oferece aos heróis do imediatamente, e nunca mais esqueças a sua ingratidão. Qualquer criança sabe: a rosa deve ser colhida com cuidado.
Contempla-a antes de lhe tocares, estuda-a, deleita-te com a sua beleza, deixa-te hipnotizar, embebeda-te até à loucura, mas lembra-te que és pequeno. Tão ridiculamente pequeno. É inútil seduzi-la, a revolução não sabe o que é o desejo. A revolução nunca amou ninguém. É apenas fria, apenas justa. Só recompensa os que vivem para ela. Só tolera os pacientes, ou às vezes nem esses.
A revolução não mora no livro de História, nem no cano da espingarda. Ela espera, silenciosa e quase ausente, no olhar dos seres humanos.
Se conseguires, por um momento que seja, acender o brilho dos olhares à tua volta, terás um vislumbre, só isso, do maravilhoso que virá. Se tu quiseres. E que tu, mortal, talvez não chegues ver. Mas, por um breve momento, terás a tua pequena revolução.
Desafiado pela minha querida Perséfone, cá estou eu com muito gosto a revelar-vos algumas... manias. Primeiro as regras:
"Cada blogger nomeado tem de enumerar cinco manias suas, hábitos pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de tornar público o conhecimento dessas particularidades, terão de nomear cinco outros bloggers para participarem igualmente no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs, aviso do "recrutamento". Além disso cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blog."
Agora elas:
Mania #1
Tentar mudar o Mundo. Sei que demora, que preciso de ajuda, que não hei-de viver o suficiente para ver a obra, mas ainda não desisti. Esta mania é um caso particular da seguinte, mas é importante que chegue para ser dita à parte.
Mania #2
Não desisto de um objectivo importante, mesmo quando as perspectivas são más... Ok, há excepções, mas a verdade é que, em geral, sou mais teimoso que um burro.
Mania #3
Guardo para a noite todo o trabalho que exija raciocínio ou criatividade: estudo, relatórios, poesia... Sou tão noctívago que por vezes até dou por mim a fazer arrumações ou limpezas depois da meia-noite. E de manhã custa a levantar, pois é...
Mania #4
Ando sempre a ouvir música. E tenho fases, em termos de estilos ou grupos. De momento estou numa de Ornatos Violeta. "Isto é só um copo, eu não bebi demais / Pensei que era diferente e são todas iguais / Escrevi canções sobre ela, mil noites sem fim / Deixou-me neste bar a cantá-las pra mim / Doce uuu uuuuuu uuuuu..." Vamos com calma, isto há-de passar. Lembro-me que passei o último Verão a ouvir Pink Floyd... e passou!
Mania #5
Calçar meias escuras. Não aprecio meias que não sejam pretas ou cinzentas escuras. Detesto meias brancas ou com bonecos.
Mania #6
Pego no Público, viro-o de costas, leio (ou releio) a tira do Calvin, depois recuo umas vinte páginas e leio as últimas do grande FCP (outra mania, o FCP?), ignorando orgulhosamente a foto do político ridículo que aparece na capa.
Mania #7
Subverter as regras, violar as leis ou, no mínimo, questioná-las. É por isso que vos vou contar oito manias em vez de cinco.
Mania #8
Tenho a mania de responder quando alguém chama:
-- Meu Deus?!...
...
Não me parece que isto me diferencie do comum dos mortais, mas enfim... Ooops! Reparei agora que tenho de desafiar mais cinco bloggers para partilharem também as suas manias conosco. Huuum, vou convidar só dois, pois me parece que este tema sai fora do âmbito de outros blogs. Por exemplo, o Gonçalo tem um belíssimo blog de fotografia, e não me parece bem ele ir falar das suas manias em tal sítio, não é? Então os felizes contemplados são (ta-da!):
Pedro do Mar
SweetSerenity (espero que isto sirva para um regresso...)
Obrigado pela visita!
Este blog segue as regras da Língua Portuguesa anteriores ao Acordo Ortográfico de 1990.
© 2004-2012 Vitor Hugo | Sobre o autor | Sobre o blog | Direitos de autor
Empreitada a cargo de Creative Labor