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sábado, 22 de abril de 2006

Not a prayer

Da revista NewScientist de 8 de Abril de 2006, pág. 6
Tradução do Gato Preto

Rezar pelos outros pode dar-lhe esperança, mas não vai ajudá-los a recuperar de uma cirurgia ao coração. Pode até prejudicá-los. Este é o surpreendente resultado de uma experiência de vários anos sobre os efeitos terapêuticos da oração.

Herbert Benson e Jeffrey Dusek do Mind/Body Medical Institute no Beth Israel Deaconess Medical Center em Chesnut Hill, Massachusetts, e os seus colegas, seguiram os destinos de 1802 pacientes sujeitos a operações coronárias. Vários grupos cristãos de oração rezaram por um grupo de pacientes, enquanto outro não recebeu nenhuma oração. Embora todos estes pacientes soubessem que estavam a ser testados, nem eles nem os seus médicos sabiam em que grupo estavam.

As orações não causaram nenhuma diferença detectável. Descobriram os pesquisadores que no primeiro mês após a cirurgia, 52 por cento dos pacientes "orados" e 51 por cento dos "não-orados" sofreram uma ou mais complicações (American Heart Journal, vol.151, p.934).

Um terceiro grupo de pacientes recebeu as mesmas orações que o primeiro grupo, mas foi-lhes dito que estavam a rezar por eles. Destes, 59 por cento sofreram complicações -- significativamente mais do que os pacientes deixados na incerteza sobre se estavam a ser alvo de oração.

Os pesquisadores não têm explicação para este resultado, mas Mitchell Krukoff da Duke University School of Medicine em Durham, Carolina do Norte, sugere que o fardo de saberem que estavam a rezar por eles pode ter colocado mais stress sobre estes pacientes depois da cirurgia.



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