Aos mortais
Ah eu podia morrer hoje se quisesse
mas não me apetece
que seria do vento se não me tivesse
a mim a guiar
Eu não sou como eles não sou como tu
nunca hei-de esperar
que o céu fique azul
antes de largar
Amarras que tive romperam
nunca mais voltei
não voltarei
minhas paredes agora são névoa
Poema: Adelino
Foto: João Coutinho