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sexta-feira, 21 de julho de 2006

Aos mortais

Ah eu podia morrer hoje se quisesse
mas não me apetece
que seria do vento se não me tivesse
a mim a guiar

Eu não sou como eles não sou como tu
nunca hei-de esperar
que o céu fique azul
antes de largar

Amarras que tive romperam
nunca mais voltei
não voltarei
minhas paredes agora são névoa


Poema: Adelino
Foto: João Coutinho



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