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sábado, 24 de junho de 2006

Nota informativa

Este país é muito deprimente. Eu devo ter muita força de vontade para continuar a ter todo este entusiasmo.

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Um breve momento

Não é fácil dizer uma amizade por palavras. As palavras são tão pequenas. E então as minhas! As minhas devem ser ainda mais redondas e fúteis, à força de as tentar seduzir, de me dar ao desplante de querer ser um poeta... Pois é amigo, além do mais as palavras são difíceis, caprichosas, e por vezes tão belas, como as mulheres que ao longo destes anos (nós) desejámos. Como as mulheres que (tu) conquistaste durante estes anos loucos, demasiado poucos para que a vida se esgote aqui.

A vida. Conheci-te na época mais difícil da minha. Andávamos os dois à deriva, ingénuos demais para este sistema de merda que nos ia engolindo. Mas se tu és ambicioso, eu sou orgulhoso, e nunca aceitámos a derrota. Alimentaste em ti uma autoconfiança que alguns confundem com presunção e que é aquilo que tens de mais precioso. A chama que ofusca a timidez. A energia que te há-de fazer ultrapassar as limitações, que te manterá a salvo dos mesquinhos. E eu que, como tu, dobro mas não quebro, sempre me inspirei na confiança que tens em ti, apesar das adversidades. Percebi que não é justo sermos condenados pela ousadia de amarmos a vida e de a querermos viver tanto, muito mais que a maioria das outras pessoas. Tu queres ser feliz. Não interessa o que dizem. Vais conseguir.

O que escrevi atrás reforça-se na certeza de que jamais pisarás alguém para subir. És leal, a tua humanidade é a maior qualidade que possuis. Não és modesto -- sorte a tua --, mas tens uma ética. Não a percas.


Este breve momento está a acabar. Este breve momento feito de breves e risíveis momentos que recordarei um dia com saudade. Tudo foi o que teve que ser, o que interessa é agora. temos a vida toda à nossa frente, o futuro é nosso. Vamos saborear os agoras que hão-de vir com ainda mais paixão, insaciáveis até ao fim.

Boa sorte. Eu, para mim, não preciso de sorte, enquanto puder contar com a amizade de pessoas como tu. Siga. Isto foi só o começo.

(dedicado ao Hugo)

domingo, 18 de junho de 2006

Como dantes

Que meus olhos ofegantes te respirem, que meus lábios sejam papel, poema onde repousas, ó mais bela das metáforas. Que minha vida seja o eco absurdo dos teus cabelos viajando, ruído vago. Ingénua luz. Distante. Distante como o pôr-do-sol. Distantes teus olhos ofegantes e náufragos. E distantes. Mas não mais do que dantes. Que minha vida seja. Que vida ao menos seja.

Fim.



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