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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Another brick in the wall

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Um guia de fraudes

Quem nunca viu a sua caixa de correio electrónico cheia de lixo publicitário? Pois. Ou supostas mensagens pessoais de amigos brasileiros que não conhecemos? Ou propostas de negócios simplesmente... irrecusáveis? Vá lá, diga lá que nunca recebeu generosos e-mails de pessoas desconhecidas, prometendo quase tudo em troca de uma ninharia? Ah, e aquelas promoções extraordinárias, que às vezes ainda me tiram do sério, do género "a Sony-Ericsson oferece-te um telemóvel se enviares este e-mail para todos os teus amigos"?...

Há um lugar onde a falta de (in)formação encontra a ingenuidade, e é assustadora a quantidade de gente que ainda lá vive.

Por isso, baseada num original australiano, a Direcção-Geral do Consumidor elaborou O Livro Negro dos Esquemas e Fraudes na Net, com o subtítulo Um Guia de Fraudes, Vigarices, Trapaças, Burlas, Intrujices, Logros e Desfalques para Uso do Consumidor. De leitura bastante fácil, recomendo-o a toda a gente, até aos internautas mais experientes - é sempre bom estar alerta e aprender coisas novas. Aos outros, a sua leitura pode ser essencial, não só para evitarem situações manhosas, mas também porque os primeiros já passavam bem sem certos forwards. Leiam, por favor. Qualquer dúvida, perguntem.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Farewell, Rick

Richard Wright (1943-2008)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Generosidade

Hoje permiti que um amigo comesse as metades sem recheio das minhas bolachas com creme de morango.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Inseguranças



O Global Peace Index é um ranking global que pretende avaliar o nível de segurança de cada país. É baseado em estudos feitos por várias instituições e especialistas internacionais, avaliando indicadores concretos, internos e externos, como os níveis de crime e violência interna do país, o investimento em armamento, ou mesmo as guerras em que está envolvido.

A classificação é muito interessante, a vários níveis, mas vou aqui deter-me num país apenas: Portugal.

Feitas as contas, Portugal é considerado o sétimo país mais pacífico do Mundo, à frente, por exemplo, do Canadá, da Suíça, da Suécia e da Holanda, e distante dos vizinhos do Sul europeu, Espanha, Itália e Grécia. Subiu três posições em relação a 2007. O DN, citando o relatório de resultados diz:
  • "o número de polícias por habitante é «relativamente baixo em termos globais», embora bastante mais do que nos países nórdicos".
Isto é, apesar de termos um país seguro, temos mais polícia que os considerados mais pacíficos, seguros e progressistas do Mundo, os nórdicos. Isto é, apesar de Portugal ser considerado mais seguro que a maioria dos países nórdicos e de, não sei se paradoxalmemte, ter mais polícia que eles, assiste hoje -- e há anos! -- a uma campanha histérica dos políticos da oposição e da comunicação social -- principalmente desta -- contra os "níveis galopantes" de crime e insegurança no país.

Pelo negócio, pelo monopólio, por um admirável Mundo novo, o jornalismo da treta e os big shows sensacionalistas sabem o que têm a fazer. E, atenção, fazem-no bem.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Andanças

Três dias bastaram para o Andanças me dar a volta à cabeça. E ao corpo!

Terminou no passado dia 10 de Agosto a 13ª edição do festival Andanças, que acontece anualmente em Carvalhais, S. Pedro do Sul.

Para quem não conhece, o Andanças é uma festa de músicas e danças tradicionais de todo o Mundo, uma alegre celebração multicultural que, acreditem ou não, motiva as pessoas à participação. Se a apatia é possível noutros festivais de Verão, na a aldeia de Carvalhais ela fica à porta. Não vamos ao Andanças para ver, mas sim para fazer.


Passar algum tempo no Andanças é uma expreiência inesquecível. Os dias começam com workshops dos mais variados géneros de dança, mas não só; yoga, massagens, ou meditação podem ser boas opções para recuperar de uma noite longa. Cada um é livre de fazer o que quiser, se e quando quiser. Durante a tarde, as aulas continuam. E todos participam, arrisco dizer. Novos e velhos, alternativos ou nem tanto, todos podem experimentar uma quantidade impressionante de danças: do fandango ribatejano às elegantes danças mímicas indianas, passando pela energia brutal e contagiante dos ritmos tribais africanos. Para quem não achar interressante, pelo menos, compreender um pouco da cultura tradicional de um país longínquo, o Andanças definitivamente não serve...

À noite, começa a festa a sério. Bailes, concertos, festas onde cada um, sem vergonha e sem censuras, pode pôr à prova aquilo que aprendeu durante o dia, ou apenas improvisar, dar asas à imaginação e aos pés, porque a noite não acaba. A tenda e o saco-cama podem esperar, o Andanças só dura uma semana.


Devo dizer que fiquei muito bem impressionado com a organização do festival. Bom ambiente, boa onda, é mesmo isto o que se sente no recinto e no acampamento. Raros são os excessos de álcool, talvez porque apenas é permitido beber fora das pistas de dança, motivando as pessoas à diversão e não à bebedeira.

Cinco estrelas para a higiene. Não há dúvidas que o grande ênfase dado à preservação do ambiente teve os seus frutos. O Andanças é ecológico ao ponto de quase não serem usados materiais não recicláveis, como copos de plástico, por exemplo. Há desconto nas refeições para quem levar prato e talheres, e quem quiser beber leva copo, senão não bebe! Eh, eh! Ou aluga uma das famosas e mui elegantes canecas (ver imagem acima) fornecidas pela organização. Organização que, diga-se, é formada essencialmente por voluntários, logo prestáveis e simpáticos, o que por si só valoriza o espírito comunitário do evento.



Muito mais haveria a dizer, mas fico por aqui. Deixo ao leitor o convite para lá ir em 2009 e viver uma experiência inesquecível de música, dança, convívio e... ar puro, para variar. No Andanças, o difícil é escolher, e o principiante incauto, que se entusiasme em demasia à chegada, corre o risco de ficar sem gasolina logo ao segundo dia. Acreditem, eu sei! Mas não há problema: é descansar... para recomeçar!

Fotografia: Gato Preto e LM

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Opções (ou porque somos tão pequenos)

Este é o pensamento político que temos:

  • estádios de futebol, hoje às moscas;
  • TGV;
  • novo aeroporto;
  • nova ponte;
  • auto-estradas onde, na maioria dos casos, bastaria criar estradas com bom piso, prevendo "variantes" que as desviassem das localidades;
  • etc, etc.
A quem, na verdade, serve tudo isto? Portugueses, pensem: a quem vai servir o TGV?
  1. Aos fabricantes de material ferroviário (e aos seus agentes internos, sob a forma de "luvas");
  2. Ás construtoras de obras públicas e... ;
  3. Claro, aos bancos que vão financiar a obra!
Os portugueses ficarão -- uma vez mais -- endividados durante décadas por causa de mais uma obra megalómana.

Experimentem ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio. Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos Alfa por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros. A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demora cerca de cinco horas.

Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos. Se não os conhecesse bem, perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza. A resposta está
  • na excelência das suas escolas, na qualidade do seu Ensino Superior;
  • nos seus museus e escolas de arte;
  • nas creches e jardins-de-infância em cada esquina;
  • e nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.
Percebe-se bem porque
  • não construíram estádios de futebol desnecessários;
  • não constroem aeroportos em cima de pântanos;
  • nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.
O TGV é um transporte adequado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem /custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo. É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França, Alemanha e Espanha e, embrionário, segundo o eixo longitudinal da Itália (com pequenas extensões a países vizinhos). É por razões de sensatez que não o encontramos
  • na Noruega;
  • na Suécia;
  • na Holanda;
  • e em muitos outros países bem mais ricos do que este "quintal" mal gerido.
Tirar 20 ou 30 minutos ao Alfa Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País. Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, será um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.

Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se:
  • 1000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma);
  • mais 1000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma);
  • mais 1000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1 milhão de euros cada um).
E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.

Adaptado de Anovis Anophelis



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